Para promover a Cultura como eixo de desenvolvimento econômico e social do Brasil, no dia 12 de dezembro de 2022 o Sebrae apresenta o Futuro Centro de Referência em Economia Criativa em São Paulo, que possivelmente terá uma sede física na região central da capital.

O Centro servirá como estímulo à diversidade cultural, ao fortalecimento territorial e regional promovendo a sustentabilidade e a inovação. “O novo Centro deve contribuir com a formação, o desenvolvimento social e econômico e fortalecimento de políticas públicas para os diversos segmentos da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo”, explica Carolina Chammas Narchi, coordenadora da iniciativa.

O Centro será gerido pelo Sebrae SP com atividades que devem contribuir para a realização  de parcerias com organizações da sociedade civil e iniciativa privada para  desenvolvimento de políticas públicas, geração de negócios, capacitação, formação e difusão cultural,  fortalecendo o ecossistema criativo a partir de uma verdadeira proposta de atuação em rede. Deverá atuar nos eixos de Consultorias Estratégicas e Inteligência; Hub Criativo (presencial e digital); Projetos Especiais (mercado e investimento); e Capacitações & Imersões.

Moda e do Audiovisual como prioridade na atuação

Para entender melhor a Economia Criativa, importante saber que engloba 13 segmentos, divididos em quatro grandes áreas: consumo, mídias, cultura e tecnologia.

O setor de Moda está no segmento de Consumo, com desenho de roupas, acessórios e calçados; além de modelistas. O setor de Audiovisual está no segmento de Mídia com conteúdo, distribuição, programação e transmissão.

Sobre sustentabilidade e inovação dentro do plano do futuro Centro de Referência em Economia Criativa, a coordenadora revelou que futuramente serão abordadas temáticas em ações voltadas à biotecnologia, uso eficiente de recursos naturais, economia circular e solidária, inclusão produtiva, pluralidade e protagonismo de pessoas historicamente excluídas do fazer cultural e artístico, apoio às cooperativas e iniciativas comunitárias, tecnologias relacionadas à moda e metaverso etc. “As ações serão desenvolvidas oportunamente após a constituição da governança formal do centro e celebração de parcerias”, explicou Carolina.

Rafael Morais, diretor executivo da BEF, plataforma de moda sustentável e realizadora do Brasil Eco Fashion Week (BEFW) comemorou a notícia, destacando que a Mostra SEBRAE na 6ª edição do evento, em dezembro, ficou demonstrado o diálogo que haverá com os empreendedores.  “A moda é linguagem, é expressão cultural, mas para que empreendedores movimentem a economia precisam de novos modelos de gestão e de operações — o que inclui distribuição e contato com o mercado consumidor. O SEBRAE colabora muito neste sentido com as pequenas e médias empresas que compõe o cenário da moda sustentável do Brasil”, diz.

Sobre Economia Criativa e crescimento econômico

A Economia Criativa é a economia do Século XXI cuja matéria-prima infinita é a capacidade humana de criação que gera desenvolvimento e crescimento econômico. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os setores criativos são os que mais empregam jovens e as mulheres têm maior presença na fabricação de produtos criativos, especialmente nos países em desenvolvimento.

A Economia Criativa no Brasil movimentou cerca de R$ 217 bilhões em 2020. Com esse resultado, o chamado PIB criativo é comparável a toda a produção do setor de construção civil do ano e superior à produção anual total do setor extrativista mineral do país, de acordo com a Firjan no Mapeamento da indústria Criativa no Brasil 2022.